Conheça quatro direitos básicos conquistados através da luta feminina

Em 8 de março de 1857, em New York, trabalhadoras de uma indústria têxtil manifestaram-se em busca de igualdade de direitos trabalhistas ...

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Em 8 de março de 1857, em New York, trabalhadoras de uma indústria têxtil manifestaram-se em busca de igualdade de direitos trabalhistas às mulheres, além de melhores condições de trabalho nas fábricas. O movimento foi severamente reprimido pela polícia e muitas mulheres foram mortas em um incêndio ocorrido nas dependências daquela fábrica têxtil.

A Organização das Nações Unidas (ONU), designou o ano de 1975 como o Ano Internacional das Mulher, e desde então patrocina o dia 8 de março. Esta data é destinada a uma série de reivindidicações históricas realizadas por mulheres em busca de seus direitos laborais, sociais e políticos.

Em comemoração ao dia, o Varela Notícias selecionou quatros direitos básicos conquistados pelas mulheres através da luta pela igualdade social.

1-Direito ao Voto

Em 24 de fevereiro de 1932, as mulheres brasileiras garantiram o direito ao voto. A vitória foi alcançada depois de mais de 50 anos de mobilização do movimento feminista, que se organizou na luta pelos seus direitos políticos e pelo respeito a cidadania das mulheres, antes mesmo da proclamação da República. Em 25 de outubro de 1927, a professora Celina Guimarães Vianna foi a primeira mulher a votar no Brasil e na América Latina.

Foto: Arquivo Nacional/Domínio Público

2- Usar bíquinis

Antes da criação dos biquínis, as mulheres iam à praia com trajes de banho parecidos com macacões, peças inteiras que deixavam à mostra apenas braços e pernas. Em alguns países as mulheres que insistissem em usar algo diferente da lei eram convidadas a se retirar do local, correndo até o risco de serem presas. No Brasil o ex-presidente da República Jânio Quadros, durante o curto período em que governou o país, em 1961, ele chegou a proibir o uso de biquínis nas praias e até maiôs em concursos de beleza. Em 1971 mesmo após a proibição, a atriz Leila Diniz, posou grávida e de biquíni, nas areias da praia de Ipanema. Leila é considerada nos dias de hoje uma ‘Mulher Libertária’, para o movimento feminista.

Foto: Reprodução/Site Mdig

(Praia em Rimini, na costa adriática da Itália, em 1957. A Itália proibia o uso de biquínis, pois na época era considerado um traje “indecente”).

3 – Jogar futebol

O decreto de lei número 3.199 de 14 de abril de 1941 vigente até 1983, dizia: “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”, assinado por Getúlio Vargas. Em 1965, o governo militar tornou a proibição expressa e incluiu nominalmente esportes considerados inadequados para mulheres na legislação. Entre eles: futebol, polo aquático, halterofilismo e beisebol.

Foto: Arquivo Nacional/Museu do Futebol

4 – Cursar ensino superior

Foi no ano de 1827 que surgiu a primeira lei sobre a educação de mulheres, que a partir dessa data conquistaram o direito de frequentar o ensino básico. Em 1879, com a Reforma Leôncio de Carvalho, a mulher passou a ter o direito de cursar o encino superior. A primeira mulher brasileira a possuir um diploma de ensino superior foi Maria Augusta Generoso Estrela, que se graduou em Medicina no ano de 1882, porém nos Estados Unidos, não no Brasil. Desta forma, em 1887, Rita Lobato Velho Lopes, aos 21 anos, se torna a primeira mulher a se graduar no País na Faculdade de Medicina da Bahia.

(Rita Lobato Velho Lopes, a primeira mulher a se graduar no Brasil)

Fonte: Varela Notícias