Trinta presos foram transferidos da carceragem da Delegacia de Alagoinhas, que fica a 120 km de Salvador, na manhã desta quarta-feira (...
VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR DE:Após a tranferência, 30 presos seguem custodiados na delegacia, que tem capacidade máxima para 38.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipoc) informou que vai pedir ao Ministério Público a interdição da carceragem da delegacia, para avaliações e melhorias do local.
"Nós vamos fazer uma representação no Ministério Público solicitando a interdição da unidade, para que não sejam mais acomodado presos aqui e para que os policiais possam fazer seu papel que é investigar e elucidar homicídios, para trazer a paz social para a cidade de Alagoinhas", disse Eustácio Lopes, presidente do sindicato.
Os presos da Delegacia de Alagoinhas iniciaram um motim na manhã da terça-feira (31), após as visitas serem suspensas no local. De acordo com a Polícia Civil, os presos quebraram os cadeados e algumas grades das celas, mas a situação foi controlada logo após ser iniciada.
Segundo a Polícia Ciivil, após o motim ser controlado, os agentes fizeram uma revista nos presos e nas celas e foram apreendidas armas brancas, celulares, carregadores e pen drives. Ainda não há informações de como esses objetos entraram na cela. A Polícia Civil informou que os reparos necessários nas celas começaram a ser feitos ainda na terça.
Dois presos fugiram da Delegacia de Alagoinhas por um buraco feito no teto de uma das celas da unidade, no domingo (29). Conforme a Polícia Civil, Thiago Sousa Almeida, preso por tráfico de drogas, e Iranilson Vidal Soares, preso por roubo, ainda não foram recapturados.
De acordo com a Polícia Civil, desde novembro do ano passado, oito homens fugiram da delegacia da cidade, o que significa que a unidade tem uma média de oito fugas por mês. A carceragem de Alagoinhas possui capacidade para 38 presos, mas, conforme o Ministério Público, costuma abrigar cerca de 100 detentos. O número equivale a uma superlotação de 62 presos. Nesta segunda, de acordo com a Coorpin, havia 62 presos no local. Com a fuga, ficaram 60.
Além disso, segundo o órgão, a unidade também possui “péssimas” condições estruturais e sanitárias. Por conta disso, a decisão determina, ainda, que a carceragem seja reformada.
Superlotação
A Justiça da Bahia determinou, no dia 21 de julho, que alguns presos custodiados na carceragem da Polícia Civil em Alagoinhas sejam transferidos para outras unidades prisionais, para evitar superlotação no local
Em nota, a Polícia Civil informou que já existe programação para obra da unidade policial. No entanto, o período em que a reforma será feita não foi divulgado.
[Informações do g1 / Foto:s Divulgação/Polícia Civi / Tv Subáe / reprodução]