'O mundo é um lugar horrível para ser mulher', relatou Clara Averbuck, que criou campanha para incentivar divulgação de casos.
VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR DE:Clara publicou as informações nesta segunda nas redes sociais. O caso, disse ao Estado, aconteceu na noite de domingo, quando deixou um bar de uma amiga e voltava para casa. Em seu texto, disse ter “virado estatística de novo”. “Queria chamar de ‘tentativa de estupro’ mas foi estupro mesmo. Tava bêbada? Tava. Foda-se’”, escreve. “O nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena e enfiou um dedo imundo em mim, ainda pagando de que estava ajudando ‘a bêbada’.”
“Estou com o olho roxo, e a culpa de ter bebido e me colocado em posição vulnerável não me larga. A culpa não é minha. Eu sei. A dor, a raiva e a impotência também não me largam. Estou falando tudo isso para que todas as que me leem saibam que pode acontecer com qualquer uma, a qualquer momento, e que o desamparo e o desespero são inevitáveis. O mundo é um lugar horrível pra ser mulher”, acrescenta.
Ela continua: “Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa delegacia da mulher ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem de provar. Não quero impunidade de criminoso sexual, mas também não quero me submeter à violência de Estado.”
Em nota, o Uber disse repudiar “qualquer tipo de violência contra mulheres”. “O motorista parceiro foi banido e estamos à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher.”
"Só para mulheres: aplicativo cadastra 8 mil motoristas"
Está em funcionamento desde março deste ano em São Paulo o aplicativo Lady Driver, que funciona da mesma forma que outros apps de transporte, mas com um diferencial: só há motoristas mulheres. Em menos de seis meses, a empresa já cadastrou cerca de 8 mil motoristas na capital e em Guarulhos e agora quer expandir o serviço para o Rio.
A fundadora e hoje CEO da Lady Driver criou o serviço após ter sofrido assédio. “Ele (o motorista) me buscou na porta de casa e chegou a mudar o caminho. Cheguei bem, graças a Deus, mas comecei a pensar quantas mulheres passam por isso diariamente. A gente se sente mais segura e tranquila com outra mulher”, disse Gabriela Correa, de 35 anos, que comanda a empresa, que tem 15 funcionários.
Ela destaca que o serviço acabou servindo para proteger as profissionais. “Era uma demanda das mulheres que dirigiam e para quem ninguém olhava. Valorizamos o trabalho delas”, disse.
Gabriela diz que o aplicativo funciona como forma de chamar atenção para a causa. “As mulheres passam por situações difíceis com frequência, mas não falam, têm vergonha. O nosso trabalho serve para mostrar que temos voz, que o assédio não é uma coisa rara.”
Fonte: Estadão
Está em funcionamento desde março deste ano em São Paulo o aplicativo Lady Driver, que funciona da mesma forma que outros apps de transporte, mas com um diferencial: só há motoristas mulheres. Em menos de seis meses, a empresa já cadastrou cerca de 8 mil motoristas na capital e em Guarulhos e agora quer expandir o serviço para o Rio.
A fundadora e hoje CEO da Lady Driver criou o serviço após ter sofrido assédio. “Ele (o motorista) me buscou na porta de casa e chegou a mudar o caminho. Cheguei bem, graças a Deus, mas comecei a pensar quantas mulheres passam por isso diariamente. A gente se sente mais segura e tranquila com outra mulher”, disse Gabriela Correa, de 35 anos, que comanda a empresa, que tem 15 funcionários.
Ela destaca que o serviço acabou servindo para proteger as profissionais. “Era uma demanda das mulheres que dirigiam e para quem ninguém olhava. Valorizamos o trabalho delas”, disse.
Gabriela diz que o aplicativo funciona como forma de chamar atenção para a causa. “As mulheres passam por situações difíceis com frequência, mas não falam, têm vergonha. O nosso trabalho serve para mostrar que temos voz, que o assédio não é uma coisa rara.”
Fonte: Estadão