Jovem luta para provar que foi vítima de crime virtual em Camaçari

sábado, 23 de dezembro de 2017

Um jovem de prenome Leonardo procurou a redação do Camaçari Notícias para contar como foi vítima de um crime virtual. Ele teve fotos su...

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Um jovem de prenome Leonardo procurou a redação do Camaçari Notícias para contar como foi vítima de um crime virtual. Ele teve fotos suas publicadas em um site de relacionamento afirmando que era portador do vírus HIV e que estaria transmitindo a doença para várias pessoas em Camaçari. Leonardo disse que ficou sabendo através de amigos e parentes que mandaram dezenas de mensagens para ele. “No começo eu me assustei, mas como sabia que aquilo não era verdade, tratei de fazer o que era certo”.

O jovem procurou a 18ª Delegacia Territorial (DT) de Camaçari para registrar um boletim de ocorrência, procedimento que, segundo ele, durou cerca de três horas. Leonardo disse que ainda há muita desinformação e despreparo dos profissionais para lidar com o tema. Por conta própria e para provar que estava sofrendo uma calúnia, o rapaz procurou fazer alguns exames e mais uma vez encontrou falta de informação.

“O próprio governo diz que em qualquer UPA a gente pode fazer um teste rápido, mas não é bem assim. Fui na UPA Nova Aliança e me disseram que lá não fazia o exame, só emitia uma guia. Também não souberam me informar onde eu poderia fazer os exames. Depois de muito procurar, descobrir que isso poderia ser resolvido no CRES”.

No Centro de Referência e Especialidades de Saúde (CRES), Leonardo fez exames de HIV (Aids), Sífilis, Hepatite C (HCV) e Hepatite B (AgHBs). Todos os resultados foram negativos. Agora ele aguarda a conclusão das investigações.

A reportagem do Camaçari Notícias entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que informou que Leonardo será ouvido nos próximos dias e que “não houve encaminhamento dele para uma unidade especializada em Salvador, visto que qualquer unidade da Polícia Civil está apta a recepcionar casos ligados à crimes cometidos via internet”.

Ainda de acordo com a assessoria, “a Polícia Civil tem um Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME) que funciona como uma unidade de apoio para as demais delegacias na capital, RMS e interior do estado”. No caso de Leonardo, “o GME será acionado, para auxiliar nas investigações, apenas se o delegado responsável pelo inquérito considerar que não dispõe das ferramentas de tecnologia necessárias para a conclusão do caso. O Grupo, que deverá dar origem a uma delegacia especializada, não presta atendimento diretamente ao público”.

O caso deste jovem serve como um alerta para todos nós que utilizamos a internet diariamente, especialmente as redes sociais.

Fonte: Camaçari Noticias